08 outubro, 2013


O espírito livre e libertador do verdadeiro líder:

O chefe

“Você está surdo? Quantas vezes te mandei fazer isso? Preciso explicar outra vez?”
Você já ouviu isto em seu trabalho, grupo religioso, escola, meio social e/ou família? Rotineiramente ouvimos estes e outros absurdos. Pessoas descontroladas que querem controlar outras. Paradoxal, não? Grande parte dos chamados líderes nada mais são que pessoas de espírito acorrentado, enclausurado, preso! Inseguros seres que querem demonstrar segurança, mas na realidade são frágeis e débeis. O medo ocupa sua mente e a sede de manter sua posição acaba sufocando o humano sensível e flexível.
Desoprimir estas pessoas é ardoroso, fazê-los autênticos líderes é uma missão quase impossível, já estão enraizados, fixas em um estereotipo que as maltrata tanto quanto aflige aos párias e subordinados. Resultado do medo de perder o poder ou de perder o controle do grupo. Verdadeiros chefes carrancudos e presunçosos, perfeitos e intocáveis, firmes e inabaláveis, xamãs inquestionáveis. Será que estes são realmente líderes? São estes déspotas? Como identificar um líder realmente líder?
Um espírito preso e acorrentado em si fabrica líderes desequilibrados e escravagistas. Precisamos fazer um backup nestes conceitos retrógrados de liderança e separá-los registro a parte, não para usá-los no futuro, mas para sabermos que estes “arquivos conceituais” são usualmente inconcebíveis. Por que não deletá-los? Por que não esquecê-los? Estes, quando esquecidos ao longo da prática da liderança são restabelecidos, reaprendidos, repraticados, mas quando estão ali ao lado, os conhecemos, sabemos de seus efeitos, não queremos reutilizá-los, temos ciência que seu uso é altamente nocivo às possibilidades de formação de líderes autônomos, de discípulos discipuladores, inatingível é. Com isso, começamos a vislumbrar uma liderança livre que conhece o erro para não cometê-lo, princípio básico de História.

O líder livre

O que é uma liderança livre? Não a confundamos com a liderança liberal ou libertina, há enorme diferença, o colosso entre ambas é gritantemente estatelar. O liberto ou livre difere do libertino ou liberal, pois o livre é aquele que conhece a verdade e a vive, mesmo sabendo que há a não-verdade, tudo o que é oposto a verdade é a não verdade, logo tudo o que é mentira é o mesmo que a não-verdade. O líder livre e libertador não vive subjugado, não é subserviente de sistemas agressivos de não-verdade, é humano, sua mente pensa, seu coração pulsa, suas ideias fluem sob a égide da verdade libertadora, não erra o alvo, seu objetivo é traçado com equilíbrio e respeito, por isso, cresce consciente sem formar párias, sem pisar outros tentando os exaurir de seu caminho, não está atado, mas tem consciência do que é lícito e o não-lícito, sabe o que convém e o que não convém. Entende que não é obrigando padrões próprios, regras próprias em demasiada justiça que libertará o oprimido, mas assume de forma própria, consciente e desambígua a verdade do que é, para onde vai...

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