08 outubro, 2013

O libertino
O libertino é diferente do livre, ele não tem ideia da verdade, para ele a verdade absoluta é intocável, inexistente, por isso, a verdade é um momento, se em dado momento a verdade é um relacionamento promíscuo, triangular, aberto, este vive intensamente tal “verdade”, o que importa é satisfazer o prazer próprio, falta-lhe uma constante, seus padrões são hedonistas e subjetivos, na realidade privativos ao seu modo de pensar in loco, pois para estes a verdade é relativa, distorce o conceito da relatividade e a transformam em relativismo moral, cultural, social, ético e religioso.
Se você observar falamos nos últimos dois artigos sobre dois extremos e o equilíbrio, o primeiro, o espírito acorrentado do chefe, ou líder despótico, o terceiro o líder de espírito libertino ou líder de si mesmo. O entre estes, o segundo, é o líder de espírito livre e libertador, um verdadeiro líder. Neste iremos nos ater, os outros terão seus momentos no discorrer dos artigos futuramente postados aqui, falaremos sobre suas origens e seus propósitos.

Origem da liderança livre
O espírito livre e libertador de liderança nasceram há mais de dois mil anos atrás, mas precisamente no período do império romano, na Palestina, o maior líder da história que influenciou em vários aspectos a cultura ocidental, Yeshua, mais conhecido como Jesus. Ele não possuía poder imperial, muito menos tinha “sangue azul”, pelo contrário, era um carpinteiro de Nazaré. Através do seu ensino muitos foram libertos, deixava-se questionar, escutava críticas, possuía muitos inimigos, mas os amava, suas repreensões não eram condenatórias, mas transformadoras, reflexivas e restauradoras, sabemos que muitos não entendiam assim, mas o maior líder da história deu o maior exemplo de liderança, era libertador, nunca libertino ou liberal, muito longe de ser opressor despótico, os líderes despóticos daquela época eram combatidos por ele, eram além dos déspotas que faziam parte do sistema político-partidário, os fariseus e saduceus, verdadeiros chefes opressores do povo incauto, enganavam a muitos com um falso moralismo, com excesso de doutrinas e detalhes cerimoniais, adereços altamente prejudiciais a liberdade humana, doutrinas estas chamadas pelo Líder dos líderes de fermento de fariseus. Cuidado com este fermento, seu levedo é prejudicial e patológico!

O espírito livre e libertador do verdadeiro líder:

O chefe

“Você está surdo? Quantas vezes te mandei fazer isso? Preciso explicar outra vez?”
Você já ouviu isto em seu trabalho, grupo religioso, escola, meio social e/ou família? Rotineiramente ouvimos estes e outros absurdos. Pessoas descontroladas que querem controlar outras. Paradoxal, não? Grande parte dos chamados líderes nada mais são que pessoas de espírito acorrentado, enclausurado, preso! Inseguros seres que querem demonstrar segurança, mas na realidade são frágeis e débeis. O medo ocupa sua mente e a sede de manter sua posição acaba sufocando o humano sensível e flexível.
Desoprimir estas pessoas é ardoroso, fazê-los autênticos líderes é uma missão quase impossível, já estão enraizados, fixas em um estereotipo que as maltrata tanto quanto aflige aos párias e subordinados. Resultado do medo de perder o poder ou de perder o controle do grupo. Verdadeiros chefes carrancudos e presunçosos, perfeitos e intocáveis, firmes e inabaláveis, xamãs inquestionáveis. Será que estes são realmente líderes? São estes déspotas? Como identificar um líder realmente líder?